quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PALHAÇO

Andam peregrinos pelo mundo
Andam pés e passos pelo espaço
Do que chamam mundo.
Vagabundo vago
De plaga em plaga...
Como rei do mundo
Como rei dum paço.
E na poesia
Bem no seu regaço
Me disfarço
Me desfaço...
Mas não passo!
Permaneço
E esqueço
(que tudo no mundo finda)...

– Sou palhaço!...

Antonio Fabiano
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3 comentários:

  1. Muito obrigado pelo carinho e prontidão dos nos servir com grandes poemas.De fato, seus poemas e escritos são verdadeiros artesanatos das palavras.

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  2. Jaécia Bezerra de Brito11 de setembro de 2010 às 08:55

    Sou palhaço confinado nesta máscara,sorriso constante escarlate da minha dor. Fúria canina rói as minhas lágrimas em não gritar pro mundo este furor. Pior ainda quando me desfaço dela, a máscara identidade me dar, sem ela divago perdido no meu confinamento de gente, sem ela não encontro os passos da métafora do picadeiro. Antes que o espetáculo finde e me desfaça, me disfarço.

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  3. Jaécia Bezerra de Brito11 de setembro de 2010 às 08:57

    Definitivamente, você me inspira, nem que seja para parafrasear. Muito agradecida.

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