ANTONIO FABIANO DA SILVA SANTOS
Dele sabemos que nasceu em 05 de julho de 1979. Em Patos, na Paraíba. Mas existiu no Rio Grande do Norte, por isso é potiguar (disso nunca teve dúvida!) e até escreveu um poema intitulado “Alma Poti”.
É primogênito de José Juarez dos Santos, comerciante, e Francisca Maria da Silva Santos, dona Francisquinha, professora aposentada que educou incontáveis gerações de cerrocoraenses e mereceu em 2000 o título de “A Professora do Século”. São seus irmãos: André Luiz e Ana Priscilla.
Estudou na Escola Estadual “Querubina Silveira” de Cerro Corá/RN. Lá se destacou em Redação e recebeu muitos estímulos para continuar escrevendo. Concluiu os primeiros estudos em Currais Novos/RN. Ainda criança leu todos os livros de Monteiro Lobato e escreveu, com precoce domínio da língua, seus próprios livros e alguns poemas de caráter social ou ecológico. Da sua infância conservou-se um grande número de grafismos, desenhos e pinturas, de um período anterior aos seus dois anos de idade até aproximadamente sete ou oito. Estes trabalhos foram catalogados por sua mãe. Desenhava com as duas mãos e dizia que ia ser pintor, o que não vingou.
Em 1996 publicou uma obra de cunho religioso, intitulada "Deus salve os que crêem pela loucura de sua mensagem". Este trabalho foi difundido especialmente entre os grupos de jovens dos quais fez parte e onde também atuou como ator e autor de muitas peças de teatro. Escrevia, nesse tempo, para "A Semente", um jornalzinho católico que ele e seus companheiros de pastoral criaram, o qual circulou por toda a sua diocese e entre amigos de pelo menos dez estados do país. No mesmo período participou de shows católicos, como vocalista e animador. Coordenou o Zonal 2 da Diocese de Caicó, no tocante as lideranças da RCC.
Apresentou, na Rádio Cultura Serrana de Cerro Corá, o programa oficial da Paróquia de São João Batista, "Trinta Minutos com Cristo", programa dominical. Depois, aos sábados, emitido pela FM Liberdade, o programa "Boas Notícias: Uma Hora com Deus". Nesta última rádio apresentou ainda, em curta temporada, um outro programa intitulado "Voz Carismática".
No ano de 1997 foi publicado através da Rádio Internacional da China, em Pequim, o seu poema "Hermosa China", sem tradução para o português. No período em que era correspondente da Sección Español da referida emissora, participou de alguns concursos de conhecimento e foi ganhador, dentre outros prêmios, do 1° prize of the 1998 'MACAO Knowledge Contest’.
Em 1998 ingressou na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde assumiu a Diretoria de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras do Campus de Currais Novos. Ali fundou, no mesmo ano, o Jornal Navegos, com outros destacados contemporâneos que continuam a fazer história nas letras potiguares. Este Órgão Informativo circulou nas principais universidades do Rio Grande do Norte e além fronteiras do estado e do país com positiva repercussão. Participou ativamente da política estudantil do seu tempo. Foi Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico por três gestões consecutivas. Promoveu, com seus companheiros, diversos eventos culturais.
Em julho de 1999 publicou o conto "O Milagre das Rosas". Este conto foi prefaciado pela Mestra Elizabeth de Souza Araújo que o chamou de "poeta-filósofo", "dissecador de almas e devassador de intimidades", "o espírito mais lúcido de toda a região seridoense". Isso ocorreu na culminância do V EPEL, Encontro Potiguar dos Estudantes de Letras, momento histórico da convergência dos estudantes dos diversos Cursos de Letras do estado na seridoana "capital da scheelita".
Foi voluntário do AFS - American Field Service - Intercultura Brasil. Esta entidade que surgiu depois das duas Grandes Guerras do século XX, a partir de motoristas de ambulâncias, intenta promover a paz no mundo por meio de intercâmbios entre jovens de diversas nacionalidades e culturas do planeta. No AFS, ele foi professor de língua portuguesa para estrangeiros. Sua atuação filantrópica neste campo fez com que o seu nome figurasse entre 120 autores classificados de todo o país numa lista de voluntariado brasileiro em 2001.
Em julho de 2000 a escritora Maria Lúcia Dal Farra o intitulou "poeta exuberante", numa entrevista especial para O Galo, que era certamente o jornal literário mais importante do Rio Grande do Norte. Esta mulher respeitada nacional e internacionalmente seria proclamada, pela Revista Veja de 14 de agosto de 2002, a melhor poeta do Brasil.
Grande apaixonado pela música, além dos trabalhos escritos em prosa e verso, compôs melodias para poemas de outros poetas - herança materna, pois cresceu ouvindo a sua mãe interpretar canções de autoria própria. Em sua casa todos manuseiam algum instrumento musical.
Na Secretaria de Educação de Cerro Corá, como coordenador do Departamento de Cultura, desenvolveu diversos trabalhos. Fundou o anual Concurso "Jovens Escritores Cerrocoraenses".
Em 2003 publicou sua Sinopse da História de Cerro Corá, mais que um trabalho científico foi sem dúvida alguma a sua eloquente declaração de amor à cidade serrana e despedida.
Ingressou na Ordem do Carmelo Descalço em 2004. Aí passou a chamar-se Frei Fabiano de Santa Maria do Monte Carmelo.
Em 2006 entrou para a faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Na mesma universidade cursou Teologia, a partir de 2009.
[*] Texto extraído e adaptado do painel "Inteligências Múltiplas" da I Feira da Cultura Cerrocoraense em 10 e 11 de dezembro de 1999. Da I Exposição Navegoana de Artes Plásticas, Poesia e Prosa Literária da UFRN em novembro de 2000. Do livro Sinopse da História de Cerro Corá (2003).
[BIOGRAFIA DESATUALIZADA]
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