O século XX testemunhou um dos maiores acontecimentos do seu milênio: o atentado de 11 de setembro de 2001. Daqui a mil anos falarão disso, como hoje falamos, por exemplo, das quedas de Roma (476 d.C.) e Constantinopla (1453 d.C.). O leitor esperto sabe que no Ocidente o Império Romano caiu na primeira data, mas perdurou incólume no Oriente até essa segunda data. E de tantos que o mundo teve, aprendeu esta máxima: impérios caem. Sim, estrelas mudam de lugar (poeticamente falando, ou cantando...); o mal muda de nome; mas, impérios caem!
Vimos ruir em tempo real as Torres Gêmeas, o World Trade Center. Quando isso aconteceu, na hora exata, ninguém podia mensurar a proporção do estrago, tampouco as consequências. Lamento, ainda não podemos. Sabemos o número de mortos e feridos nos seus corpos... Os outros casos e respectivos cálculos, estes nunca saberemos ao certo. Aquilo pareceu-nos irreal. Era como um sonho ruim, de algo impossível que de repente acontece. Depois, o orbe nunca mais foi o mesmo, nem esta data, nem nós.
Paira uma sombra de desolação sobre este aniversário maldito, todos os anos, quando nos levam a fazer memória do inesquecível... No último sábado era maior a tensão em algumas partes do planeta, especialmente nos Estados Unidos, onde a ameaça de um fanático religioso “cristão” (!?), de queimar o Corão, livro sagrado do Islã, elevou ainda mais o nível de histeria e insegurança das pessoas.
Vocês se lembram de um brasileiro que, por ser latino, era obviamente suspeito de ser terrorista ou qualquer coisa do mal e morreu cravejado de tiros em um metrô de Londres? Aconteceu em 2005. O rapaz era inocente. Seu nome: Jean Charles.
Há muito, já não podemos andar sossegados. Nem voar sossegados. O inimigo usa disfarces impossíveis. Qualquer um pode ser seu inimigo e, em nome de..., explodir. O cristão desvirtuado se atavia de loucura e, em nome de..., ameaça queimar, punir, salvar.
Decerto, uma parcela do mundo perdeu a razão. Ou a fé, no que quer que seja. Evoluímos para isso. O racionalismo exacerbado (nos) ensandeceu, a fé doentia (nos) fanatizou e eu, tu, eles, em nome de..., ou por causa de..., ameaçamos explodir.
Vivemos num tempo de mentiras bem contadas, num tempo de verdades nunca ditas. Num tempo de tempo nenhum. Confusão! Nós, vós, ele e ela somos filhos da... testemunhas de...
Pérfida geração, a que dirige o mundo em seu desgoverno para não se sabe onde, a que se julga fazedora de... Sim, fazedora de... Assim estamos, e não há perspectiva d...
Estou tão saturado que não vou mais escrever.
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 13 de setembro de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
ninguém desgaste a unha,nem o cérebro, mire no incerto da paz que não vimos, no incerto da paz que teremos; não encontramos o certo, mas concreta confusão de sermos; confiemos, ...("eu passarinho") e segundo Biano, tudo é relativo.
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