Esta empreitada não é
pra iniciantes
É pra quem já cresceu
à flor do tempo
Quem sabe de palavras
a delicadeza
O enigma...
Seu eco mais
profundo.
Pare o poema
Contenha a mão –
vento que o infla –
Se o brilho dessa luz
não te comove
Se o belo não te leva
ao pranto
De beatíficos gozo e
aflição
Em seu mistério
penetrável-
Impenetrável.
A espada que se impõe
Tem dúbios gumes
Quando pro ataque
ataviamo-nos
Co’ elegâncias.
Isso te aflige?
Atire, pois, contra
os muros o meu livro
Rasgue a palavra
incômoda
Não sobreviva quem
souber morrer!
Mas, ah!... Se
Tu chegaste
Aqui
Inteiro ou aos
pedaços
– pouco importa! –
Se assim se deu
Não pares nunca,
nunca
Antes do fim!...
(FABIANO, Antonio. “Sazonadas”, Rio de Janeiro: Taba Cultural,
2012).
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