Deu-me o penhor das eras
Lirismos descomedidos
Roupas de agora e d’antes
Um sonho dentro de outro sonho
E nenhum medo de viver!
De meus secretos desígnios
Grito a esta gente
Em línguas ígneas
E profetizo o novo
O fim e o começo
E o que está por vir
Antes de vir o devir.
Obra de nossas mãos
São todos esses vãos
Entre existir e ser...
“Façamos...”
“Vós sois deuses...”
Enquanto falo
As pedras calam
Sua dureza e fria ira.
São o que são
E eu digo: não!
O futuro se levanta
Já sem véus...
Quem o verá?
Antonio Fabiano
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