Antônio Amaro com auxiliar e uma de suas câmeras fotográficas
Foto: Acervo da Família
Antônio Cipriano dos Santos nasceu em 13 de junho de 1918, em Parelhas-RN. Foram
seus pais: Amaro Cipriano dos Santos, o renomado Mestre Amaro, e Carmelita
Maria da Conceição. Ficou então conhecido pelo nome de Antônio Amaro. Chegou a Cerro Corá-RN no início dos anos 1940.
Muito jovem tornou-se motorista. Prestou serviços à Inspetoria de Obras Contra
as Secas, abrindo rodovias hoje conhecidas e percorridas por muitos
norte-rio-grandenses. Em 1945 casou-se com Inácia Iná Dantas, passando a
residir na Várzea dos Evaristos (Cerro Corá), onde nasceram os cinco filhos do
casal: Sobrinho, Assis, Geraldo, Juarez e Tárcio. Antônio Amaro desenvolveu outras atividades: fogueteiro, fotógrafo,
comerciante, ferreiro. Durante muito tempo fabricou fogos de artifício, na
época conhecidos por "fogos de vista", como "balões",
"fogos de roda", de "lágrimas", "chuveiros",
"foguetões", os quais eram chamados "massa luz". Trabalhava
nesse ofício em festas de padroeiros, como São João Batista, em Cerro Corá;
Sant’Ana, em Currais Novos; nas novenas religiosas; inaugurações de obras;
manifestações políticas e em outras ocasiões festivas. Ao interessar-se
por fotografia, logo adquiriu habilidades e vasta experiência nesse campo,
tornando-se um profissional competente e desenvolvendo amplo trabalho de
cobertura dos acontecimentos daquele tempo, em Cerro Corá e região. Antônio Amaro usava as máquinas
fotográficas do tipo caixão, também denominadas "lambe-lambe" ou
"mão no saco", as mais modernas do tempo. As fotos que existem até
hoje, de excelente qualidade, em preto e branco, eram reveladas por ele mesmo,
em casa. Nos últimos anos, num carro-pipa de sua propriedade foi responsável
pelo abastecimento de água da cidade. Manteve-se, por um período, no comércio
de queijo. Foi também fabricante de silos para cereais, barris, bicas e outros
utensílios de uso doméstico e agrícola, em alumínio e zinco. Sua última
profissão. Antônio Amaro faleceu em
11 de dezembro de 1992, em Cerro Corá, aos 74 anos, vítima de um câncer na
vesícula. Aquele era o mesmo dia de aniversário de emancipação política da
cidade que ele amou e escolheu para si.
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