Estima-se que, desde maio deste ano, 29 mil crianças abaixo de cinco anos morreram de fome na SOMÁLIA. Sobre o campo de refugiados de Badbaabo, o maior de Mogadício, capital do país, reina um grande silêncio – mesmo o instinto infantil mais básico foi derrotado, pois ainda há muitas crianças, mas elas não têm mais forças sequer para chorar. Por causa de grupos armados, a ajuda humanitária encontra dificuldades para chegar lá. Só nos últimos três anos 14 funcionários do Programa Mundial de Alimentação foram assassinados. Fanáticos armados, governo inoperante, desastre natural agravado por duas décadas de guerra civil e o atraso dos órgãos internacionais em intervir, são algumas das causas desta tragédia há muito anunciada. A ONU só declarou estado de emergência no início de julho, uma demora fatal para dezenas de milhares de pessoas, crianças e adultos que morreram. Até o final do mês, mais 10 mil poderão morrer no sul do país. O que dizer disso?
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