Visitem
http://diadrummond.ims.uol.com.br/
Mostrando postagens com marcador Link. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Link. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
CRÔNICA A UM AMIGO QUE MORREU PELA PRIMEIRA VEZ
Já morri tantas vezes nesta vida, meu amigo, que posso te dizer sem medo de errar: ressuscitarás. Este ano, eu próprio morri uma ou três vezes. Morre-se muito na vida! O importante é renascer, recomeçar...
Sim, é verdade: não é bom morrer. Mas também dói nascer, e renascer é ainda mais doível. Porém, quem negará a grandeza mais lúcida dos renascidos?
Muitas vezes perdemos horas juntando os destroços do combate, arrancando das cinzas o avesso da ruína. Para alguns, pior que jazer num campo de batalha é sobreviver à guerra, pouco importa se vencido ou vencedor. Percamos horas!
Eu sei que é muito difícil passar pelo que tens passado. Porém, morrer é privilégio de vivos. É melhor morrer algumas vezes por se estar vivo, que viver eternamente morto.
Nesta manhã ouvi uma canção que me fez lembrar de ti – talvez mais de mim mesmo, se queres saber a verdade. É um poema de María Elena Walsh, poetisa argentina, interpretado por Mercedes Sosa, o que o torna ainda maior. Dou-te a livre tradução desta canção, que se intitula “Como a Cigarra”, com votos de ressurreição.
“Tantas vezes me mataram
Tantas vezes eu morri
E no entanto estou aqui
Ressuscitando.
Eu agradeço à desventura
E até à mão com o punhal
Porque me matou tão mal
E segui cantando.
Cantando ao sol como a cigarra
Depois de vir do fundo da terra
Tal como sobrevivente
A voltar de uma guerra.
Tantas vezes me apagaram
Tantas desapareci
Ao meu próprio enterro fui
Sozinha e chorando.
Eu dei um nó no meu lenço
Mas me esqueci depois
Que não era uma só vez
E segui cantando.
Tantas vezes te mataram
Tantas ressuscitarás
Quantas noites passarás
Desesperando.
Mas na hora do naufrágio
E daquela escuridão
Outros te resgatarão
Para ir cantando.”
Veja Mercedes Sosa ao Vivo – “Como la Cigarra”:
http://www.youtube.com/watch?v=yzUAUv16x6k
http://www.youtube.com/watch?v=wQAgzRv-gWQ
------------------------------
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 19 de setembro de 2011.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
Sim, é verdade: não é bom morrer. Mas também dói nascer, e renascer é ainda mais doível. Porém, quem negará a grandeza mais lúcida dos renascidos?
Muitas vezes perdemos horas juntando os destroços do combate, arrancando das cinzas o avesso da ruína. Para alguns, pior que jazer num campo de batalha é sobreviver à guerra, pouco importa se vencido ou vencedor. Percamos horas!
Eu sei que é muito difícil passar pelo que tens passado. Porém, morrer é privilégio de vivos. É melhor morrer algumas vezes por se estar vivo, que viver eternamente morto.
Nesta manhã ouvi uma canção que me fez lembrar de ti – talvez mais de mim mesmo, se queres saber a verdade. É um poema de María Elena Walsh, poetisa argentina, interpretado por Mercedes Sosa, o que o torna ainda maior. Dou-te a livre tradução desta canção, que se intitula “Como a Cigarra”, com votos de ressurreição.
“Tantas vezes me mataram
Tantas vezes eu morri
E no entanto estou aqui
Ressuscitando.
Eu agradeço à desventura
E até à mão com o punhal
Porque me matou tão mal
E segui cantando.
Cantando ao sol como a cigarra
Depois de vir do fundo da terra
Tal como sobrevivente
A voltar de uma guerra.
Tantas vezes me apagaram
Tantas desapareci
Ao meu próprio enterro fui
Sozinha e chorando.
Eu dei um nó no meu lenço
Mas me esqueci depois
Que não era uma só vez
E segui cantando.
Tantas vezes te mataram
Tantas ressuscitarás
Quantas noites passarás
Desesperando.
Mas na hora do naufrágio
E daquela escuridão
Outros te resgatarão
Para ir cantando.”
Veja Mercedes Sosa ao Vivo – “Como la Cigarra”:
http://www.youtube.com/watch?v=yzUAUv16x6k
http://www.youtube.com/watch?v=wQAgzRv-gWQ
------------------------------
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 19 de setembro de 2011.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
segunda-feira, 14 de março de 2011
O BÁLSAMO DE GALAAD
Há um tradicional hino (spiritual) afro-americano, cantado há séculos pelas tradições protestantes norte-americanas, que se refere a um determinado “bálsamo de Galaad”. Um bálsamo é uma substância aromática, geralmente composta de resinas, óleos de essências etc. Mas pode ser um óleo usado para alívio de dores, cura de feridas, com propriedades balsâmicas. Um bálsamo é quase sempre sinônimo de perfume, mas também, figurativamente, de consolo, de alívio...
Galaad na Bíblia – a leste do Jordão e ao norte do Jaboc – é particularmente o lugar associado a bálsamos e aromas. De fato, Galaad ou Guilead aparecerá dezenas e dezenas de vezes na Sagrada Escritura, de modo que não é um nome estranho, mas bem familiar ao conhecimento geográfico e alegórico do povo de Deus.
O spiritual a que me referi canta, portanto, que há um bálsamo em Galaad... Esse canto faz clara alusão ao Antigo Testamento. Vejamos alguns exemplos bíblicos, para ilustração do tema.
Em Gn 37,25 quando os irmãos de José o lançam na cisterna para matá-lo, assim que levantam os olhos veem passar a caravana dos ismaelitas, vinda de Galaad, com seus camelos carregados de gomas aromáticas, bálsamos e ládanos ou resinas perfumadas, rumo ao Egito. A estes mercadores, o futuro José do Egito é vendido, dando assim curso ao misterioso desígnio de Deus, que se desvelará numa das histórias mais surpreendentes da escritura santa.
Outra referência emblemática feita a Galaad, no-la encontramos no livro de Jeremias. Ali, o profeta confessa em pungente lamentação: “Sem remédio, a dor me invade, / o meu coração está doente! / Eis o grito de socorro da filha de meu povo, / de uma terra longínqua. / ‘Não está mais o Senhor em Sião? / Seu Rei não está nela? (...)’ Por causa da ferida da filha do meu povo eu fui ferido, / fiquei triste, o pavor me dominou.” (cf. Jr 8,18-21). Em meio a esse quadro de desolação se insinua o poder do misterioso bálsamo de Galaad: “Não há um bálsamo em Galaad? / Não há lá um médico? / Por que não progride / a cura da filha de meu povo?” (Jr 8,22). Essa ideia reaparece mais adiante, em Jr 46,11. Aí, enfaticamente, se dirá: “Sobe a Galaad e toma contigo [procura] o bálsamo”...
Também uma rápida visita ao Cântico dos Cânticos, o livro mais apaixonado da Bíblia, poderá nos deixar perplexos, pela incrível variedade de odores, óleos que escorrem, bálsamos, mirras, cheiros de mandrágoras, vinha... Tudo, da primeira à última página, perpassado de erotismos. Lá, mais que o vinho, nos embriagam tais perfumes!...
E o apóstolo Paulo, no Novo Testamento, nos fala do bom odor de Cristo: para ele o cristão deve exalar o perfume de Jesus.
Mas voltemos ao canto... Apesar de suas raízes estarem fincadas no Antigo Testamento, ele assumiu na boca e no coração dos negros norte-americanos uma conotação totalmente cristã, neotestamentária, estreitamente ligada ao conceito de salvação em Jesus Cristo. Canta-se, inclusive, em uma de suas mais conhecidas estrofes, o próprio Espírito Santo, que nas tradições cristãs é também associado à unção, bálsamo, óleo, poder de cura...
São inúmeras as versões deste hino, interpretadas pelas mais humildes e célebres vozes. O “Bálsamo de Galaad” tornou-se um verdadeiro clássico! Porém, refrão e estrofes podem variar muito, de acordo com o tempo e o lugar de sua execução. Aqui, transcrevo apenas o começo de uma das mais conhecidas versões:
“There is a balm in Gilead
To make the wounded whole;
There is a balm in Gilead
To heal the sin-sick soul.
Some times I feel discouraged,
And think my work’s in vain,
But then the Holy Spirit
Revives my soul again.”
Eu traduzo este trechinho da seguinte forma:
Há um bálsamo em Galaad
Capaz de curar todos os feridos.
Há um bálsamo em Galaad
Que cura toda alma enferma de pecado.
Às vezes eu me sinto cansado
E penso que meu trabalho é vão.
Mas então o Espírito Santo vem
E reaviva minha alma outra vez.
Viver é, como eu digo muitas vezes, arriscado demais!... Não se vive tanto, nem se vive de verdade, sem algumas marcas. Nossa existência é alternada por dias bons e dias não tão bons, por estações diversas (pelo menos quatro...), por momentos de felicidade, tanto quanto pela realidade do sofrimento ou da perda, dias de luto e dias de cobrir nossos farrapos com adornos de alegria! Agora é sombra ou claridade? Treva ou luz? Nossas escolhas determinarão o que ao fim se dirá da nossa existência. Pois alguém pode até encontrar razões para ser triste, mas nunca o será por falta de felicidades possíveis!
Ora, nós veremos que se chegamos até aqui (exatamente ao ponto da vida onde nos encontramos), é porque fomos além, não paramos de vez no meio do caminho, não desistimos, apesar dos cansaços. E não se vai tão longe sem muitas marcas, bolhas nos pés, feridas na alma, sofrimentos, derrotas, decepções... Tudo ao lado das muitas conquistas, alegrias, insígnias de glória, primaveras, sol, vitórias!... Em certo sentido somos, como diz o Apocalipse de São João, vencedores de muitas tribulações! Quero enfatizar “vencedores”, mas sem esta de embarcar nos trens baratos da autoajuda.
Os antigos guerreiros não se envergonhavam das cicatrizes que traziam das lutas, muito pelo contrário, orgulhavam-se delas! Também Jesus não apagou, depois da ressurreição, as marcas da cruz. Ele mostrou-as aos seus discípulos como sinal de vitória! Os que se dizem seus seguidores carregam, igualmente, pela fé as suas marcas; e, infelizmente, muitas outras. O que há em nós nem sempre é pacífica cicatriz, mas, às vezes, inflamadas chagas. E, isso, obviamente dói e precisa ser tratado! Mas não nos assombremos, aborda-se aqui a maravilhosa condição humana! Anjos não têm feridas, nem dores de dente! Humanos, sim! E o que somos? Ser anjo deve ser muito chato! Deus me livre! Ser humano é bom e já nos basta!...
Falei hoje desse misterioso bálsamo de Galaad porque, em meio às agitações do cotidiano e tsunamis da vida, talvez nos convenha parar para rever conceitos, abolir alguns dos muitos preconceitos que sustentamos (inclusive nas religiões), reconfigurar nossa visão de mundo e demais perspectivas, deixar, sempre de bem com a vida, esta mesma vida nos levar... E (re)começar a ser pessoas ainda melhores do que já somos!
Há um bálsamo em Galaad! Busquem-no! E, quando o encontrarem, dividam-no com todo mundo.
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 14 de março de 2011.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
-----------------------------------
“THERE IS A BALM IN GILEAD”…
(para ouvir siga os links)
Versão moderna:
http://www.youtube.com/watch?v=BN9JALQRMb0
Versão tradicional:
http://www.youtube.com/watch?v=DFMY4V7RdbU&feature=fvwrel
quinta-feira, 3 de março de 2011
AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA - ARTE CONTEMPORÂNEA

Programa Diálogos - Arte Contemporânea - Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=wtIgBFm17R0
Programa Diálogos - Arte Contemporânea - Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=PdDotBgHzmk
http://www.youtube.com/watch?v=wtIgBFm17R0
Programa Diálogos - Arte Contemporânea - Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=PdDotBgHzmk
Há vídeos muito interessantes com o Affonso, na Internet. Procurem, por exemplo, sua entrevista no Programa do Jô Soares. Os links aí sugeridos são de uma conversa mais recente, bem interessante...
quarta-feira, 2 de março de 2011
“L'AMOUR, HUM HUM, PAS POUR MOI!”
Nada contra o amor!... Aliás, amo a voz desta cantora e gosto muito do seu “blues”...

L'amour – Carla Bruni
L'amour, hum hum, pas pour moi.
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours.
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien.
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout.
Car j'en veux, hum hum, plus encore.
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons,
De caresses, de pauvres promesses?
A quoi bon se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade.
L'amour, hum hum, ça me va pas.
C'est pas du Saint-Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style,
Ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber.
A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons,
De caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade.
L'amour, hum hum, j'en veux pas.
J'préfère les temps en temps,
Je préfère le goût du vent,
Ou le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment.
Original :
http://www.youtube.com/watch?v=N89Md8k6XXk
Vivo (com pequenas variações na letra):
http://www.youtube.com/watch?v=flmoa2dVOSU
Aqui, faço uma tradução corriqueira de L'amour. Nem tudo vai ao pé da letra, o que seria obviamente desgracioso...
O AMOR
O amor, hum hum, isso não é pra mim.
Este negócio de “para toda a vida”,
Nem um pouco claro, tão inconsequente,
Que vem sem mostrar a cara,
Tal como um traidor disfarçado,
Isso me machuca ou me cansa, dependendo do dia.
O amor, hum hum, não vale nada.
Ele me tira do sério,
Finge que é doce,
E quando brami e me morde,
Então, sim, acontece o pior,
Porque eu quero, hum hum, mais e mais.
Por que todos estes prazeres, calafrios,
Afagos e tão carentes promessas?
De que vale se deixar envolver,
Pôr o coração em chamas,
Não entender mais nada...
Tudo não passa de uma emboscada!
Este negócio de amor não cola comigo,
Não é um Saint-Laurent,*
Não fica bem em mim,
E se eu não encontrei meu tipo,
Não foi por não tentar,
O amor, eu deixo isso pra lá!
Pra que todos estes deleites, arrepios,
Carinhos e pobres promessas?
De que vale se deixar envolver,
Pôr o coração em chamas,
Não entender mais nada...
Tudo não passa de uma emboscada!
O amor, hum hum, eu não o quero.
Prefiro algo casual,
Prefiro o sabor do vento,
Ou o gosto estranho e ameno da pele de meus amantes,
Mas, isto de amor, hum hum, definitivamente não!
* Saint-Laurent: famosa grife francesa. Yves Saint Laurent (1936-2008) foi um dos mais importantes estilistas do século XX e fundou a sua própria marca.

L'amour – Carla Bruni
L'amour, hum hum, pas pour moi.
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours.
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien.
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout.
Car j'en veux, hum hum, plus encore.
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons,
De caresses, de pauvres promesses?
A quoi bon se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade.
L'amour, hum hum, ça me va pas.
C'est pas du Saint-Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style,
Ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber.
A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons,
De caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade.
L'amour, hum hum, j'en veux pas.
J'préfère les temps en temps,
Je préfère le goût du vent,
Ou le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment.
Original :
http://www.youtube.com/watch?v=N89Md8k6XXk
Vivo (com pequenas variações na letra):
http://www.youtube.com/watch?v=flmoa2dVOSU
Aqui, faço uma tradução corriqueira de L'amour. Nem tudo vai ao pé da letra, o que seria obviamente desgracioso...
O AMOR
O amor, hum hum, isso não é pra mim.
Este negócio de “para toda a vida”,
Nem um pouco claro, tão inconsequente,
Que vem sem mostrar a cara,
Tal como um traidor disfarçado,
Isso me machuca ou me cansa, dependendo do dia.
O amor, hum hum, não vale nada.
Ele me tira do sério,
Finge que é doce,
E quando brami e me morde,
Então, sim, acontece o pior,
Porque eu quero, hum hum, mais e mais.
Por que todos estes prazeres, calafrios,
Afagos e tão carentes promessas?
De que vale se deixar envolver,
Pôr o coração em chamas,
Não entender mais nada...
Tudo não passa de uma emboscada!
Este negócio de amor não cola comigo,
Não é um Saint-Laurent,*
Não fica bem em mim,
E se eu não encontrei meu tipo,
Não foi por não tentar,
O amor, eu deixo isso pra lá!
Pra que todos estes deleites, arrepios,
Carinhos e pobres promessas?
De que vale se deixar envolver,
Pôr o coração em chamas,
Não entender mais nada...
Tudo não passa de uma emboscada!
O amor, hum hum, eu não o quero.
Prefiro algo casual,
Prefiro o sabor do vento,
Ou o gosto estranho e ameno da pele de meus amantes,
Mas, isto de amor, hum hum, definitivamente não!
* Saint-Laurent: famosa grife francesa. Yves Saint Laurent (1936-2008) foi um dos mais importantes estilistas do século XX e fundou a sua própria marca.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
ADEUS A MOACYR... (1937 - 2011)

Com imenso pesar recebi a notícia do falecimento de Moacyr Scliar, ocorrido neste domingo 27 de fevereiro de 2011.
Perdemos hoje um homem de grandíssimo coração!
Diversas vezes vencedor do Prêmio Jabuti (1988, 1993, 2000 e 2009), escreveu mais de 70 livros de contos, crônicas, ensaios e romances. Recebeu o prêmio Casa de las Américas, em 1989, e o prêmio José Lins do Rêgo, concedido em 1998 pela ABL. Com obras publicadas em mais de 20 países e imensa repercussão junto ao mais variado público, o escritor foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2003. Sua obra “O Centauro no Jardim” (1980) foi incluída na lista dos 100 melhores livros de temática judaica, pelo National Yiddish Book Center dos Estados Unidos.
Ano passado fiz uma pequena apreciação de sua vida e obra e tive a honra de entrevistá-lo. Veja as matérias pelos links:
http://antoniofabiano.blogspot.com/2010/11/moacyr-scliar-nosso-humanissimo-imortal.html
http://antoniofabiano.blogspot.com/2010/11/moacyr-scliar-entrevistado-por-antonio.html
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
ASSIS COSTA - artista potiguar
Na sequência publico algumas obras do artista plástico potiguar ASSIS COSTA. Foi meu colega de faculdade na UFRN – turma de 1998 – e há quase dez anos não nos víamos. Reencontrei-o nas férias deste janeiro, por acaso, em uma feira internacional de artes. Para ver mais obras suas acesse o site do próprio artista:
www.assiscostaartistapotiguar.blogspot.com
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
POR QUE PODE TANTO UM VIOLINO?
O Maestro João Bosco, meu professor de violino há quatro anos, diz que quando largamos o cordófono por um tempo, ele nos abandona pelo dobro de tempo. É bem verdade. Revisitei meu violino esta semana e ele não quis se dar a mim. Violinos são exigentes, vingativos. O músico precisa estar impecavelmente afinado para eles, tal como uma alma em estado de graça para Deus. Mas Deus perdoa, violinos não!
Se é verdade que este ou qualquer outro instrumento nos “maltrata”, na exigente disciplina de estudá-los horas a fio, às vezes sem aparente resultado; onde encontrar palavras que exprimam o prazer da música que nos vem por meio dessas criaturas? Violinos às vezes causam dores no corpo do músico. Ou marcas, como as deixadas no lado esquerdo do rosto, visto não ser as mãos que seguram o instrumento durante a execução, mas ombro e queixo. Tocá-los dói, mas eles também imprimem clarões na alma e, para o músico, não tocá-los é não viver.
Violinos são divinos e dão muito prazer!
Em se tratando disso ou qualquer outra coisa da vida, só os muito teimosos vencem. Por isso eu não desisto. Empunho o arco e toco. De repente ele se dá a mim, meu violino outra vez meu! Toco alto e é alta noite... Já não somos dois, mas um. Das janelas dos prédios da frente ninguém ousa gritar “silêncio”, ninguém apaga a luz... Estão todos assombrados pelo inexplicável que os invade e ilumina. Estão todos paralisados, como se fica em face de uma divindade. Por que pode tanto um violino?
Ninguém ousou dormir antes que se findasse este meu afinado desconcerto.
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
--------------------------------------------
Ao dileto Major João Bosco, homem de grande paciência.
Alguns dos seus vídeos. Regendo o ACCORDES Grupo Musical:
Bolero de Ravel
http://www.youtube.com/watch?v=ZDZZQFgwAG4&feature=related
Agnus Dei
http://www.youtube.com/watch?v=dPZmMRXVhqQ&feature=related
Pomp and Circunstance
http://www.youtube.com/watch?v=3hiqq5HfRrI&feature=related
Oh Happy Day
http://www.youtube.com/watch?v=cNWgs_5m5_s&feature=related
Se é verdade que este ou qualquer outro instrumento nos “maltrata”, na exigente disciplina de estudá-los horas a fio, às vezes sem aparente resultado; onde encontrar palavras que exprimam o prazer da música que nos vem por meio dessas criaturas? Violinos às vezes causam dores no corpo do músico. Ou marcas, como as deixadas no lado esquerdo do rosto, visto não ser as mãos que seguram o instrumento durante a execução, mas ombro e queixo. Tocá-los dói, mas eles também imprimem clarões na alma e, para o músico, não tocá-los é não viver.
Violinos são divinos e dão muito prazer!
Em se tratando disso ou qualquer outra coisa da vida, só os muito teimosos vencem. Por isso eu não desisto. Empunho o arco e toco. De repente ele se dá a mim, meu violino outra vez meu! Toco alto e é alta noite... Já não somos dois, mas um. Das janelas dos prédios da frente ninguém ousa gritar “silêncio”, ninguém apaga a luz... Estão todos assombrados pelo inexplicável que os invade e ilumina. Estão todos paralisados, como se fica em face de uma divindade. Por que pode tanto um violino?
Ninguém ousou dormir antes que se findasse este meu afinado desconcerto.
Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
--------------------------------------------
Ao dileto Major João Bosco, homem de grande paciência.
Alguns dos seus vídeos. Regendo o ACCORDES Grupo Musical:
Bolero de Ravel
http://www.youtube.com/watch?v=ZDZZQFgwAG4&feature=related
Agnus Dei
http://www.youtube.com/watch?v=dPZmMRXVhqQ&feature=related
Pomp and Circunstance
http://www.youtube.com/watch?v=3hiqq5HfRrI&feature=related
Oh Happy Day
http://www.youtube.com/watch?v=cNWgs_5m5_s&feature=related
terça-feira, 30 de novembro de 2010
LÊDO IVO - numa formidável entrevista...

O escritor Lêdo Ivo em descontraída fotografia disponível na Web
Em entrevista a Geneton Moraes Neto, o acadêmico Lêdo Ivo, poeta e ensaísta, diz o que pensa sobre poesia, literatura, educação etc. Revela até qual o pior verso da língua portuguesa, e qual sumidade – das nossas letras – ele considera um “b*****”. Boa entrevista, vocês rirão bastante, mas ouvirão também coisas muito sérias.
Veja o vídeo por este link:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1219770-7823-ESCRITOR+LEDO+IVO+DIZ+O+QUE+PENSA+SOBRE+O+BRASIL,00.html
Fonte: globo.com
Assinar:
Postagens (Atom)