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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Carlos Drummond de Andrade

(Foto: Reprodução)

*31 de outubro de 1902, Itabira, Minas Gerais
+17 de agosto de 1987, Rio de Janeiro

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

FELIZ DIA D!

31 de outubro de 2011. Em princípio, um dia como os outros na vida de um carmelita descalço. Sequer temos alguma festa ou memória particular de santo, no calendário litúrgico. Ofício comum, portanto. Acordo às 4:45h, é madrugada de horário de verão e tudo ainda está escuro. Dirijo-me à cozinha do convento, para fazer o café da manhã dos irmãos. Em seguida toco o sino, despertando-os para a oração matutina. Um dia como os outros? Sim. Porém, não! Se estivesse em qualquer outra parte do mundo, seria igualmente invadido por um sentimento “drummond”; quanto mais se estou em Minas, nas Minas do gauche, Minas de Itabira que é apenas uma fotografia na parede do poeta, mas – ele o disse – como dói! Estar aqui, mineiramente falando, torna impossível ignorar isto que já é fato: chegou o dia D. O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31 de outubro de 1902. Hoje, portanto, se ele estivesse vivo faria o 109º aniversário. É no ensejo desta significativa data que o Instituto Moreira Salles (IMS) lançou a ideia de se comemorar, doravante, este dia como Dia D, Dia Drummond, no calendário cultural do país. Em Belo Horizonte haverá mostra de cinema em homenagem ao poeta. Em Itabira, uma interessantíssima e mais vasta programação cultural. Também no Rio de Janeiro, em São Paulo e Lisboa, eventos marcarão a celebração do dia D. Certamente, em muitas outras partes Drummond será homenageado. Quem não viu pode ainda assistir ao filme “Consideração do poema”, organizado pelo mesmo IMS, em que artistas expoentes de diversos segmentos da cultura do país se reunem em torno do projeto, dando em pouco mais de uma hora extraordinário panorama da obra poética do aniversariante. Gostei da ideia, porque também acredito no poder humanizador da poesia. Do meu cantinho celebrei assim: na mesa do café da manhã espalhei poemas de Drummond. Quando os frades voltaram da oração, sob o inesperado impacto dessa novidade no refeitório, tomaram café com poesia. E um indissimulável sentimento “drummond”...

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 31 de outubro de 2011.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com

DIA D 31.10

Visitem
http://diadrummond.ims.uol.com.br/

sexta-feira, 25 de março de 2011

O MENINO DRUMMOND...



OBRA EM BRONZE QUE REPRODUZ UMA FOTO ANTIGA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. AO FUNDO VÊ-SE A CASA DA FAZENDA DO PONTAL, QUE PERTENCEU À FAMÍLIA DO POETA...




Fotografias de Antonio Fabiano
Itabira - MG
2010

quinta-feira, 24 de março de 2011

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MEMÓRIA - Carlos Drummond de Andrade

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

PROCURO UMA ALEGRIA - Carlos Drummond de Andrade

Procuro uma alegria
na mala vazia
do fim do ano
e eis que tenho na mão
– flor do cotidiano –
o voo do pássaro
e de uma canção

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"VAI, CARLOS!"


Fotografia de Antonio Fabiano

Em chãos do Pico do Amor
No Memorial Carlos Drummond de Andrade
Itabira - MG

ITABIRA BRILHA

Estou em Itabira, cidade natal de Carlos Drummond de Andrade. Aqui tudo lembra o poeta e se serve da sua poesia para continuar existindo no tempo das coisas findas que, mais que lindas, ficaram. Por toda a cidade encontram-se enormes placas de ferro, com poemas do poeta maior. Sinalizam lugares possíveis e impossíveis de Itabira no coração deste tal Carlos. É como se alguém tivesse arrancando as páginas de um grande livro, espalhando-as generosamente no ali. E, em razão disso, não se dá um passo na urbe sem tropeçar em Drummond, a palavra.
Itabira virou uma cidade de poesia, ao menos para quem não mora nela e a visita em honra daquele que a fez existir no mapa do mundo. Cada rua, cada beco, cada casarão lembra um acontecimento tipicamente “drummond”. São rastros vistosos do poeta e personagens que revivem na sua itabirana poesia.
Itabira tem muito pra contar do que ainda não se esqueceu. Neste sábado a cidade celebra o seu aniversário, 162 anos de emancipação política. Porém, é muito mais antiga do que isso. Seus prédios históricos, como tantas partes de Minas, sobejam lembranças do passado. Vultos fantasmagóricos ainda se movem em seus sobrados. Mas nem tudo escapou da ação irreversível do tempo, um tanto se perdeu antes do tombamento, há algo a se lamentar...
Lá está, contudo, a casa do poeta, a escolinha de suas primeiras letras, a fazenda ancestral dos Andrades com suas glórias já idas, o Memorial do mais ilustre itabirano, e suas – embora de aço – nunca soberbas estátuas... Além de versos nos passeios, nas fachadas das casas, nas encruzilhadas, nos becos, nas igrejas, no chão etc.
É bom estar na terra do homem que só tinha duas mãos e o sentimento do mundo.
Tipicamente mineira, Itabira se acomoda entre montanhas e muitas ladeiras. Qualquer coisa existe entre uma esquina e outra. A vida besta de outrora não foi embora, ainda. Onde estou, não tenho dúvida, existo no passado. Mas, definitivamente, aqui eu não sou poeta, o único poeta possível é Drummond, Carlos Drummond de Andrade, só ele, ele só. Pra mim, que sou forasteiro, só o gauche é real em Itabira, de modo que qualquer rua começa ali mesmo, mas finda sempre no coração do poeta da rosa do povo das gentes.
Itabira quer dizer “pedra que brilha”. E, por causa da mineradora que dia e noite trabalha engolindo as montanhas deste ao redor, há no ar um pozinho brilhante, o pó da pedra que brilha. Na sacada do casarão antigo onde estou por estes dias, o pó da pedreira cobre os balcões e brilha. Lá muito em baixo, o chão também brilha. Em poucos minutos eu brilho. Tudo brilha em Itabira. A pedra no meio do caminho do poeta está virando pó, o que eu lamento, mas como brilha!...

Para Emerson

Antonio Fabiano
Itabira, 09 de outubro de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com

CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO


Fotografia de Antonio Fabiano
Sobre poema de Carlos Drummond de Andrade
No seu Memorial de Itabira-MG

(clique na fotografia para ler o poema)