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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

GUERRA E PAZ de CÂNDIDO PORTINARI

... "uma pintura que não fala ao coração não é arte, porque só ele a entende. Só o coração nos poderá tornar melhores e é essa a grande função da Arte. Não conheço nenhuma grande Arte que não esteja intimamente ligada ao povo.
As coisas comovedoras ferem de morte o artista e sua única salvação é retransmitir a mensagem que recebe. Pergunto-me: quais as coisas comovedoras neste mundo de hoje?"
Cândido Portinari
(Trecho do discurso proferido por Portinari a intelectuais e artistas em Buenos Aires em 1947)




Fotografias de detalhes dos painéis Guerra e Paz de Cândido Portinari (AF).

Os painéis “Guerra e Paz” de Cândido Portinari, de valor inestimável, estiveram em Belo Horizonte, por 45 dias, no Cine Theatro Brasil, e foram visitados por mais de 82 mil pessoas. Cada painel possui 14m de altura e 10m de largura. Só por milagre eles serão apreciados ao vivo outra vez pelo povo que inspirou o seu autor. Presenteados à Organização das Nações Unidas (ONU), pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1956, ficam no hall de entrada da sala da Assembleia Geral, em Nova York, onde só têm acesso chefes de estado, alguns convidados de honra etc. Nem mesmo visitas guiadas a turistas passam por ali, onde foram instalados em 1957. Saíram em 2010, para serem restaurados e exibidos no Brasil (a última exposição em território nacional foi esta que se deu na capital mineira até 24/11/2013); no próximo ano voltam para os EUA, mas antes passarão pela França, serão apresentados em Paris. Retornam à Sede da ONU em setembro de 2014.

domingo, 20 de novembro de 2011

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

UMA CANÇÃO PARA O RETORNO DE GUERRA E PAZ. Nesta bonita letra de Fernando Brant foi posta a música de Milton Nascimento...


(Fotografia da Web)

“A GUERRA E A PAZ DE PORTINARI” – Letra de Fernando Brant musicada por Milton Nascimento.

A guerra é uma cavalgada
cruzando o azul da paisagem
cortejo de fome e de morte
ferindo o coração dos homens

A mulher velando o filho morto
a mulher e a criança chorando
a mãe e a filha em desespero
de cabeças rolando na grama

A guerra são os quatro cavalos
regendo a sinfonia de dores
são os braços erguidos em prece
pedindo o final dos horrores



A paz é um coro de meninos
é a voz eterna da infância
as mulheres dançando na roça
os meninos pulando carniça

É a noiva de branco sorrindo
na garupa de um cavalo branco
a mulher carrega um carneiro
crianças no espaço balançam

A paz está nos meninos
que brincam nos campos da infância
nos homens, nas mulheres cantando
a harmonia, a esperança.


FERNANDO BRANT (Direitos Reservados)


Com muita festa foi recebida a obra magna de Cândido Portinari, os esplêndidos painéis de Guerra e Paz. No Theatro Municipal do Rio, no dia 21 deste mês, deu-se a abertura da exposição de regresso. Juntamente com outros artistas, Milton Nascimento passou por lá. E cantou uma canção que fez exclusivamente para esse dia... “A guerra e a paz de Portinari”, letra de FERNANDO BRANT, grande compositor brasileiro, velho parceiro de Milton. Segundo Fernando, ainda não temos gravação disponível da música. Mas quem não teve o privilégio de estar lá, para ouvi-la cantada por Milton na estreia, tem o privilégio de ver aqui a bonita letra de Brant... Com licença do compositor para este blog.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

GUERRA E PAZ de CÂNDIDO PORTINARI: a mensagem poderosa de um artista brasileiro conhecido e aplaudido em todo o mundo...


Guerra e Paz de Cândido Portinari (Divulgação)

Depois de mais de meio século nos EUA, instalados na sede da ONU em Nova York, os painéis Guerra e Paz – das mais importantes obras de Cândido Portinari (1903-1962) – voltam ao Brasil. Música, dança e poesia marcaram a abertura da exposição, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 2010. No mesmo Theatro, os painéis foram apresentados pela primeira vez aos brasileiros em 1956. Entre 1952 e 1956, Portinari realizou os dois últimos e monumentais trabalhos, que foram oferecidos à Organização das Nações Unidas pelo governo brasileiro. Quando os painéis ficaram prontos, o pintor não conseguiu visto para ir aos EUA, porque fora considerado comunista. Era Juscelino Kubitschek o presidente da República, que determinou então que fossem montados e expostos primeiramente aqui. Portinari já estava proibido pelos médicos de pintar, quando empreendeu essa tarefa, mas abraçou tal risco em prol da sua arte. Em consequência do envenenamento progressivo pela tinta a óleo com derivados de chumbo usada ao longo da carreira, agravado nesta última grande missão, veio de fato a falecer em 1962.
Por iniciativa de João Cândido Portinari, filho do artista, os painéis Guerra e Paz voltam ao Brasil, onde permanecerão por um tempo, antes do regresso definitivo à sede da ONU. Aqui serão restaurados e expostos para que mais brasileiros os apreciem. Estima-se ainda que, além do Brasil, outras partes do mundo vão receber a exposição itinerante, nesse mesmo período.


Um dos painéis de Guerra e Paz, na sua inauguração em 1956.
Sede da ONU