quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

GUERRA E PAZ de CÂNDIDO PORTINARI: a mensagem poderosa de um artista brasileiro conhecido e aplaudido em todo o mundo...


Guerra e Paz de Cândido Portinari (Divulgação)

Depois de mais de meio século nos EUA, instalados na sede da ONU em Nova York, os painéis Guerra e Paz – das mais importantes obras de Cândido Portinari (1903-1962) – voltam ao Brasil. Música, dança e poesia marcaram a abertura da exposição, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 2010. No mesmo Theatro, os painéis foram apresentados pela primeira vez aos brasileiros em 1956. Entre 1952 e 1956, Portinari realizou os dois últimos e monumentais trabalhos, que foram oferecidos à Organização das Nações Unidas pelo governo brasileiro. Quando os painéis ficaram prontos, o pintor não conseguiu visto para ir aos EUA, porque fora considerado comunista. Era Juscelino Kubitschek o presidente da República, que determinou então que fossem montados e expostos primeiramente aqui. Portinari já estava proibido pelos médicos de pintar, quando empreendeu essa tarefa, mas abraçou tal risco em prol da sua arte. Em consequência do envenenamento progressivo pela tinta a óleo com derivados de chumbo usada ao longo da carreira, agravado nesta última grande missão, veio de fato a falecer em 1962.
Por iniciativa de João Cândido Portinari, filho do artista, os painéis Guerra e Paz voltam ao Brasil, onde permanecerão por um tempo, antes do regresso definitivo à sede da ONU. Aqui serão restaurados e expostos para que mais brasileiros os apreciem. Estima-se ainda que, além do Brasil, outras partes do mundo vão receber a exposição itinerante, nesse mesmo período.


Um dos painéis de Guerra e Paz, na sua inauguração em 1956.
Sede da ONU

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