segunda-feira, 26 de março de 2012

ECONOMIA

Pus-me a estar econômico de palavras, para ver de quais outros pães vive o homem. Já, já volto!

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 26 de março de 2012.
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segunda-feira, 19 de março de 2012

OLHOS DE FITZCARRALDO

A vida às vezes pode ser tão louca quanto um filme de Werner Herzog com Klaus Kinski alucinado e um navio montanha acima...

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 19 de março de 2012.
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segunda-feira, 12 de março de 2012

A PALAVRA DESEJADA

Se faltar a palavra, que a palavra desejada, em seu sentido mais completo, possa e queira se dizer, diga-se por si mesma e que isso baste! A beleza não está num tal verbal acordo ou amontoado do que se dizer pudera, se pudesse, nem no muito que se fica por dizer, quando por tudo faz-se menos que balela. Beleza é sutileza, a do que fica dito, quando de repente e às vezes lâmina.

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 12 de março de 2012.
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segunda-feira, 5 de março de 2012

AVIÕES...

Gosto de aviões, como brasileiro gosta de futebol e mulher gosta de receber flores. Acho avião a coisa mais soberba da face da terra e dos ares! Se eu pudesse teria cinquenta monstros daqueles de nariz encurvado que rompe a barreira do som... bummmm! Vocês já viram? É alucinante!! Gosto também dos de guerra sem guerra, de caça só para os olhos e a beleza inofensiva dos que olham para o alto. Gosto dos monomotores que são os mais poéticos e me acenam airosos do céu sem grandes pretensões. Santos Dumont é o cara!
Felizmente, moro num lugar cujo espaço aéreo é frequentado de hora em hora por estas criaturas aladas, mais pequenas que grandes na maior parte do tempo, sempre dignas de atenção, especialmente quando passam e deformam as notas do meu violino com seus tons roucos, mais graves... A vida é mesmo cheia de interrupções, nada de uníssono o tempo todo! No princípio era o caos... mas tenham-no por dito de meu livro apócrifo, somente!
Antigamente eu ouvia o trem, que também passa aqui pertinho. Eu o escutava com prazer indizível! Depois me esqueci de escutar... Acostumar-se é uma coisa terrível! É o “normal” acomodado à mesmice da vida e nada mais de susto. Às vezes à noite eu ainda o ouço passar e virar só pensamento... No dizer de Adélia, trem vira é sentimento! Gullar aponta: lá vai!... lá vai!... Mas escuto mesmo é avião – um trem que voa aqui em Minas e vira desejo. Isso eu não acostumo não!

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 5 de março de 2012.
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