segunda-feira, 30 de agosto de 2010

“CHANSON DE LA COULEUVRE”

Se fôssemos reconstituir a cena, seria algo mais ou menos assim: um homem, suplicante, dirige-se a uma cobrinha de nada e lhe ordena que ela pare de serpear, a fim de que ele copie as cores de seu corpo ofídico, para dali fazer um belo colar e dar à sua amada.
Patético? E se eu disser que é uma joia, talvez o primeiro poema genuinamente brasílico de que se tem notícia?
Quem gosta de música popular brasileira (MPB), já se deu conta de que estou falando de algo que lembra aquela canção do Caetano Veloso:

“Pára de ondular, agora, cobra coral:
a fim de que eu copie as cores
com que te adornas,
a fim de que eu faça um colar para dar
à minha amada,
a fim de que tua beleza
teu langor
tua elegân...cia
reinem sobre as cobras não corais.”

É a “Cobra Coral”, do CD “Noites do Norte”. Mas talvez você não saiba ou tenha esquecido que a letra – o belo poema – é de Waly Salomão, publicado em seu último livro, “Tarifa de Embarque” (2000). Dele, sim ou não? Dele, sim e não!...
Waly Salomão (1943-2003) lia Michel de Montaigne (1533-1592). E foi de Montaigne que ele “raptou” esse trecho, que nem é de Montaigne. Aliás, permita-me uma digressão, Montaigne costumava se apropriar do pensamento de alguns autores célebres, sem demasiada preocupação de, digamos assim, citá-los “explicitamente”... Com Waly, então, temos um caso de bom discípulo desse mestre! Mas fiquemos com a cobra coral... Em Montaigne, ela era simplesmente “serpente”. E o poema ficou conhecido como “chanson de la couleuvre”, isto é, “canção da serpente”. Acreditem ou não, esta canção teria sido fundamental para provar, no século XVI, que os nossos selvagens – índios canibais brasileiros – eram humanos (!). Segundo Montaigne, alguma vez acusado de ter falsificado esta letra, o fragmento poético – citado em uma de suas importantes obras (Ensaios, I, XXXI, Dos canibais...) – lhe chegou aos ouvidos por meio de um empregado seu que teria vivido aqui no Brasil e, por sua vez, ouvira dos índios a pérola inestimável de que falamos. É quase insustentável hoje em dia, dada a originalidade da canção e o avanço de outros achados científicos, que Montaigne tenha inventado isto! Melhor assim! Mas, como se não bastasse tamanha fortuna, um pouco mais tarde, em 1783, Goethe traduziu a canção para o alemão, encantando sobremaneira os românticos do século XVIII. Em Goethe, a canção da serpente virou quase um palavrão: “Liebeslied eines Amerikanischen Wilden”, isto é, “canção de amor de um selvagem americano”.
Dizem que nem Caetano, de quem o poeta Waly era amigo, soube desse affair. Waly não apenas traduziu, mas refez o poema, embelezando-o sumamente, excluindo sem pejo aquilo que considerou excrescência. A semelhança de um texto para o outro é tão grande que, se não fosse de fato uma transcriação[*] das mais geniais, seria um plágio! Mas, plágio não é! E dos muitos poemas de seu livro – inclusive este que é bem maior –, foi exatamente o feliz trechinho que já correu mundo, através dos séculos, a parte que Caetano (sem o saber) catou para cantar e encantar! Ficou perfeito em sua voz, e ainda mais perfeito ao ser cantado por ele e Lulu Santos, ao vivo.
Agora, depois desse admirável currículo da cobrinha, depois de uma tão invejável fortuna literária, a nossa serpente com sua canção, a brasileiríssima cobra coral, não nos parece mais tão patética quando para homens suplicantes e inspira colares de amantes! E quem a esta altura ousará pedir que ela pare de ondular? Ondula, ondula cobra coral!...

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Alguns dessas informações estão contidas de modo científico num admirável ensaio que li, certa vez, do Prof. Dr. José Alexandrino de Souza Filho (UFPB), a quem dedico a crônica desta segunda-feira.

[*] transcriação – “tradução, em sentido lato, de algo em que se põe tal criatividade que, alegadamente, o resultado vale como se fosse um original” (DICIONÁRIO HOUAISS).
“A transcriação, conceito formulado por Haroldo de Campos e posto em prática pelos expoentes do Concretismo, propõe um tipo de tradução criativa, em que o tradutor, na pele do escritor (ou do poeta), se permite alterar, acrescentando ou suprimindo determinadas passagens do original, estabelecendo uma espécie de diálogo criativo com o autor e a tradição literária.” (SOUZA FILHO).
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Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 30 de agosto de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com

domingo, 29 de agosto de 2010

DAVID DE MEDEIROS LEITE É POETA!!!

O amigo David, natural de Mossoró-RN, é advogado e professor da UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Sempre estamos em contato! Da Espanha, às voltas com o seu doutoramento em Direito Administrativo pela Universidade de Salamanca, até já me obrigou a ir visitar sua família em terras potiguares e ver os escombros de um convento que há séculos pertenceu aos carmelitas. Fui. Sua gente é acolhedora! Já li muita coisa dele (tem diversos livros publicados), até seus polêmicos artigos sobre história de Mossoró... Mas, nunca me disse que era poeta! Eis que me chega há pouco um sedex de Natal (a capital), com seu INCERTO CAMINHAR. Ou será que devo decir... INCIERTO CAMINAR? O livro foi publicado pela editora Sarau das Letras, em 2009. Sua edição é bilíngue (português e espanhol), e conta com ilustrações de Brito e Silva. A obra foi premiada pela USAL – Universidade de Salamanca e Escola Oficial de Idiomas de Salamanca, Espanha, em 2008.
E isto não me tinhas dito, sô!
Abraços, David! Vou te perdoar! Parabéns! E obrigado pela boa surpresa!!!

“A estrada é esta vontade de chegar...
E é o passo que transforma a todo instante
a vida num incerto caminhar.”

(David de Medeiros Leite – Incerto caminhar)

“El día avanza,
con la libertad de un cóndor,
sabiendo que otra vez morirá.”

(David de Medeiros Leite – Púrpuras tardes)

sábado, 28 de agosto de 2010

O QUANTA QUALIA SUNT ILLA SABBATA


Pedro Abelardo (1079 - 1142) e frontispício de um dos seus livros - figuras disponíveis na Web.

Há algum tempo o amigo Cleber José me enviou um poema de Pedro Abelardo, pedindo que eu o traduzisse do latim para o português. Não sei o que ele queria exatamente com isso! Este amigo é músico profissional, receio que tenha descoberto o texto a partir de alguma partitura antiga... Ele me enviou o poema em latim truncado. Depois, outra versão. As versões diferiam ligeiramente, como é comum em textos que ao longo dos séculos passaram pelas mãos de tantos copistas. Fiz o que pude, está aí meu contributo! Lamentavelmente, as rimas do original foram sacrificadas. O poema ficou branco, mas salvei a métrica em razoáveis decassilábicos. A composição fala sobre o dia perfeito, o Sábado eterno da alegria! Esse Sábado e a Jerusalém celeste se imbricam. Há quem acredite que esta é a expressão mais bela e comovente de toda a poesia cristã, sobre o referido tema. Tentei passar isso na minha despretensiosa versão! Queria isentar-me dessa culpa, mas não encontrei em português qualquer vestígio de uma outra tradução que nos socorresse. Há admirável versão feita para a língua inglesa. De John Mason Neale, 1854.


Este Abelardo é o célebre teólogo e filósofo do século XII. Um dos homens mais notáveis de toda a Idade Média e que, aliás, não se enquadrou em nenhum dos estereótipos do seu tempo. Hoje ele é mais lembrado, entre o povo comum e nos filmes, por sua trágica história de amor com Heloísa. Abelardo foi castrado por causa desse envolvimento amoroso com a mesma. Ela, então, entrou para um convento e ele encerrou-se num mosteiro. Há muitas lendas envolvendo estes amantes. Do relacionamento pretérito lhes nasceu o filho Astrolábio.

Vejamos a tradução do poema...

O QUANTA QUALIA SUNT ILLA SABBATA
Original latino de Pedro Abelardo (1079 - 1142)
Versão em português de Antonio Fabiano


Oh, quão ditosos são, pois, estes sábados:
Os celebrados na sublime corte!
Folga aos cansados, dádiva aos valentes,
Em todos, tudo, faz-se Deus presente!

Ah, sim, Jerusalém, cidade santa,
Regida pela paz, suma alegria!
Onde o desejo não precede a coisa,
E o prêmio vindo é mais que se antevia!

Que Rei, vetusta corte, que palácio!
Que paz, que alegria, que repouso!
Quem parte tem na glória dos partícipes
Mais sinta e veja dito o inexprimível!

Assim, em nossa espera, suba a mente...
Estes pátrios desejos mais prosperem!
E à Jerusalém voltem do exílio,
Os que muito esperaram em Babilônia!

Já terminada, enfim, toda labuta,
Entoaremos cantos de Sião!
Contínuas graças, por tão grandes bens,
Prorromperão do povo, a Deus subindo!

Com louvação perpétua e alegria,
Celebraremos sábado após sábado!
Sob inefável júbilo eternal,
Nós cantaremos junto aos anjos todos!

Do eterno Deus, contínua seja a glória,
De quem, por quem e em quem são todas coisas!
Daí ao Pai, e dele e nele o Filho,
De quem por meio vem o Espírito. Amém.

CONTO (MINI) - fragmento do meu inédito MIRIÁGONO.

VI
ENCANTAMENTO
(COLAR)


“Para! Para!”, quase implorou. Mas ela ia cada vez mais rápida, como se não tivesse pés, como se... se... se deslizasse.
Ele corria ao seu encalço, para alcançar-lhe... Mas ela, sibilante, não queria se mostrar.
Enigma sem fim pareceu-lhe, no primeiro instante. E no segundo... E no terceiro... Até o fim! Ele, contudo, não queria decifrar nada, que é mal dos enigmas a indecifrabilidade e é muito bom que seja assim! Queria apenas furtar-lhe as cores, algumas cores só, talvez as mais primárias ou... Ou? Queria apenas isso, a fim de que... a fim de que...
Seu ir cada vez mais rápida desconcertava-lhe! Dali a pouco era uma confusão de tons sem nexo, cores, mais a teimosia de uma só sinfonia incólume, símbolo de clara resistência nesse afinado desconcerto, música sempre viva no bailado dos corpos que ondulam. Ai, ai, verdadeiro desconserto!... Delicioso desconcerto!...
Já não caberia dizer “stop”, ou qualquer coisa soçobrante em vernácula esfera do poema walysalomônico. Aquilo era coisa buscada, rapto de mestre!, coisa buscada exatamente daquelas páginas de um mais antigo pensador, ditada (essa coisa) por um tal índio brasileiro, que a soubera cantada por seus longínquos ancestrais (pois estes, sim, tinham alma e amavam-se).
Ofegante olhou, agora de frente e sob um entrecruzado olhar, o olhar da ofídia. “Não quero teu enigma”, jurou, “bastam-me as cores!”...
E a tocou.
“Para! Para!”, implorava esta outra vez. “Ondulas tu demais e assim não dá”...

Era um colar pra dar – o que se fez diálogo – à sua amada. E a exaltada beleza, já por demais reinante, agora imperaria sobre outras cobras não corais.


Antonio Fabiano
Direitos reservados

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

WALT WHITMAN

Apresento-vos um poema do Walt Whitman que por acaso encontrei numa antologia inglesa, editada com notas e uma introdução de Michael Thorpe. MODERN POEMS (Anthology). London: Oxford University Press, 1963.

Walt Whitman (1819-1892) – foi poeta, ensaísta e jornalista norte-americano. Consideram-no o “pai do verso livre”, “o poeta da América”, etc. Escreveu “Leaves of Grass” (Folhas de Relva), cuja primeira edição data de 1855. Alguns dos seus poemas foram citados no enredo do filme – que toda a minha geração viu – “Sociedade dos Poetas Mortos”. E quem poderia esquecer o antológico “O Captain! My Captain!”... ???


Walt Whitman, 1887, Nova Iorque - Foto disponível na Wikipédia.

Vejamos o poema e uma possível tradução...

‘The Learn’d Astronomer’

When I heard the learn’d astronomer,/
When the proofs, the figures, were ranged in columns before me,/
When I was shown the charts and diagrams, to add, divide, and measure them,/
When I sitting heard the astronomer where he lectured with much applause in the lecture-room,/
How soon unaccountable I became tired and sick,/
Till rising and gliding out I wander’d off by myself,/
In the mystical moist night-air, and from time to time,/
Look’d up in perfect silence at the stars.

WALT WHITMAN


‘O Astrônomo Instruído’

Quando ouvi o astrônomo instruído,/
Quando as provas, as cifras, foram postas em colunas bem diante de mim,/
E me foram exibidos gráficos e diagramas, para somar, dividir, mensurar tudo aquilo;/
Quando eu ouvi o que dizia o astrônomo, de onde falava, sob muitos aplausos na sala de conferência;/
Sem que eu saiba como ou o porquê, vi-me de súbito cansado e saturado,/
Até elevar-me e deslizar plainante, abismando-me em mim mesmo,/
Na brisa da noite úmida e mística, de quando em quando/
Levantando os olhos em perfeito silêncio às estrelas.

WALT WHITMAN
(Versão em português de Antonio Fabiano)


Se o poema original tivesse sido escrito por mim, eu o teria intitulado ironicamente de “O aprendiz de astrônomo”...
Forte abraço ao amigo FLÁVIO BEZERRA, a quem dedico esta postagem e meu melhor carinho!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

VOCÊ NÃO PRECISA DE MÚSICA PARA DANÇAR

Entre ruídos e luzes, confusão de todos os lados, eu paro em meio à agitação da rodoviária de São Paulo e me pergunto se sou capaz de escrever a crônica devida à próxima segunda-feira. Não terei tempo depois! Beijei o frio da grande metrópole e queimei meus lábios que estão ardendo até agora! As pessoas passam sem parar... Para onde vão? Ah, essa espécie de criaturas sempre me fascinou! Sou amante incorrigível do gênero humano!... Já é quase fim de semana, eu devo embarcar em alguns minutos para BH, minha ansiedade não me deixa em paz e – o que é muito raro – esqueci de trazer comigo um livro pra essas horas. Bem, o livro eu trouxe. Mas só um e eu o li na vinda. Eu nunca perco tempo em filas e esperas, tenho sempre algo pra ler. Assim, eu não me estresso (quase) nunca! Mas, desta vez... Bem, desta vez eu só esqueci um livro e nada mais! Jurei que não ia me apoquentar, principalmente porque aquilo de estressar-se está na moda e eu não sou da moda! Como ia dizendo, estive em São Paulo para conferir palestra a um seleto grupo de pessoas. Gente tão simpática que suscita amor à primeira vista e saudades depois do parto! Partir é um parto! Missão cumprida, devo regressar à capital mineira. Enquanto espero (coisa que nem todo mundo gosta!), penso nos meus leitores imaginários (vocês são reais? eu não sei se eu sou real!...) e escrevo a crônica da próxima segunda. Isso também – devo confessar – contraria meu plano inicial que era escrever algo intitulado “Você não precisa de música para dançar”. O assunto seria outro. Achei tão bonito esse título, quando o pensei numa noite dessas, que decidi que viraria no mínimo literatura. Foi uma iluminação, mesmo sem ser tão original! A meu ver, naquela hora em que pensei isso, o título mereceria um texto quase pleno, prenhe de coisas sublimes e, quem sabe, novíssimas. Porém, como é possível escrever crônica assim? Gênero, esse, literário, mas tão inusitado, estranho em si mesmo, híbrido e sei lá mais o quê... Letra quase indecisa, imediata, meio displicente... Coisa – nome apropriado a isso! – quase perigando-se ao descartável, precipitando-se nas cavernas do banal, mas com (in)devidas tentações de eternizar-se – oxalá pelo raio de um dia, o dia!... Sim, porque fazer crônica é mais ou menos falar disto e daquilo e de algo entre ambos, desavergonhadamente, em primeira pessoa pronominal, reinventando-se com o leitor, discorrendo sobre tudo e, inclusive, sobre nada... sem fingir não ver o óbvio que é a matéria favorita do cotidiano! Mas eu queria encher de tudo as minhas crônicas, ao menos esta que se intitularia “Você não precisa de música para dançar”. Eu pensei que talvez conseguisse transmudá-la (a croniquinha) de “gênero menor” em algo que não dormisse pura, simples e momentaneamente nas retinas de um meu displicente ou aplicado leitor imaginário e, tampouco, se acordasse amanhã nos detritos do esquecimento. Ao menos essa, quis que durasse mais que um dia, sim, desejei isso, quando na verdade é fantasia pensar assim, sobretudo se é estéril a inspiração para o ofício. Fracassei. Mas, eu fiz menção de falar de dança! Esta é a palavra, e mal me vem aos lábios, soando sonora, me alerta a moça da rodoviária, toda voz, que o meu ônibus já vai partir e eu devo ir... Corro! Não vai dar tempo! Não vou falar de dança! Só ia dizer que... O que eu ia dizer? Esqueci, mas... Quando estou chateado eu danço, não tão literalmente! Eu danço no melhor e mais positivo dos sentidos! Sabe aqueles dias em que – por mais deuses que sejam alguns de vós e quiçá também eu mesminho – a gente tem vontade de gritar e chutar o pau da barraca ou a canela dos que nos aporrinham? Em momentos como esse eu danço! Apago as luzes do meu quarto – para não ficar com vergonha de mim mesmo, que sou muito tímido – e danço! Não sozinho, mas comigo mesmo! E se você puder dançar com outrem, além de você mesmo, isso é perfeito e incomparavelmente maior! Assim, eu danço até ficar feliz de novo! Nenhuma tristeza, nada, resiste à sedução da dança!... Mas agora eu desisto da crônica, porque o ônibus já está se movendo, os passageiros dançam nos assentos e algo com o título que eu queria não cabe em meu bloco de anotações, não cabe em nada! Se algo eu pudesse dizer, isto seria: dance! Quando apagarem-se as luzes, dance! Seja você mesmo a luz e dance! E se não tocarem nada, se sufocarem a música, dance! Que importa? Você não precisa de música para dançar e, quer saber, com a dança até mesmo a música vem! Ela não resiste a este encantador escândalo que é dançar sem música e vem! Aí tudo fica com cara de sol em veraneio de praias potiguares! Perfeito! Paro. O ônibus parte. Eu paro, mas tudo ao meu redor se move mais veloz e freneticamente... Prédios, fábricas, casas, Tietê, placas, placas, pontes, carros, placas... Estou com sono. Durmo. Acordo. Montanhas. A viagem é longa. De repente Minas, Minas, Minas... Minas que amo e não se acaba mais, Minas enorme, Minas toda a vida... Engarrafamento. Minas, obviamente, Belo Horizonte. Cheguei. Desisto de tentar escrever a crônica da próxima segunda-feira. Meus leitores imaginários entenderão.

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 23 de agosto de 2010.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com

domingo, 22 de agosto de 2010

NÃO DIREI O ÓBVIO...


Fotografia de Antonio Fabiano

PEDRA - veja a enorme explicação do vocábulo no dicionário - é insuficiente para as que aí se exibem no plural...