Um
pica-pau rompe o silêncio de anos
Na
árvore antiga...
Ao
longe a tarde incendeia as montanhas.
Silhuetas
dançam nelas
Como
flor de fogo e vento retorcidas.
Estou
cem anos mais velho
E
me sinto jovem como nunca fui.
Um
par de mãos vazias acenam risos de ipês
Buquês
de rosas plantadas.
O
mundo estala no jardim de casa:
Folhas
miúdas
Sementes
aladas.
É
a natureza e sou eu
No
coração desta árvore a bater
–
toc... toc... toc...
Ó
flama viva!
Estou
alto...
A
noite cai pequena
Sobre
os meus bonsais.
Antonio Fabiano
Nenhum comentário:
Postar um comentário