Sonhei que ‘stava morto... Ai que tristeza!
E tu me vinhas ver, em grande pranto...
Diziam-me, teus lábios, triste canto,
Enquanto eu – só – jazia na frieza.
Estranho luto, aquele, em teu burel!
No pobre esquife, a pálida aspereza
Da vida extinta, lânguida certeza
A esvaecer-se em face d’outro véu.
Amor... tu me choravas tanto e tanto,
Que os deuses, comovidos, de repente
Realizavam cândida proeza:
Ressuscitar ditoso... No entanto,
Fora melhor ‘star morto, brutalmente!
Pois não ‘stavas aqui... Ai que tristeza!
Nenhum comentário:
Postar um comentário