segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ALMA POTI

Em chãos da Paraíba eu nasci,
Mas cedo vim morar no Rio Grande.
Minh’ alma fez-se então monja poti,
Aberta a toda sina que Deus mande.

Lancei raízes nesta terra Norte...
Daqui sou filho – alma e coração!
Laços tão fortes que nem mesmo a morte
Pode quebrá-los... Quão benditos são!...

E desde então eu canto um canto novo!
Trago nas mãos as linhas do meu povo!...
Na bênção de ser filho desta terra

Transborda a minha taça! O sangue brada!...
A minha sorte ufana, burilada,
Exulta mais e toda graça esmera!...

Antonio Fabiano
Direitos reservados

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Poeminha antigo, de quando eu escrevia sonetos e outras formas fixas. Abria o “Cancioneiro da Terra”, um livro meu que morreu no prelo. Estes versos foram publicados em muitos lugares. Vem a calhar, neste janeiro de reminiscências...

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