quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O GADO RUMINA... O VAQUEIRO RUMINA...

ABOIO

Na hora crepuscular
do retorno,
quando o tangedor
nos encaminha
para o resguardo
de mais uma noite
que se avizinha,
seu aboio plangente
nos conduz numa espécie
de levitação.

E ao identificarmos
nosso nome
pronunciado na
melódica e arrastada
condução,
somos tomados
por um sentimento
que transpõe
a estremeção.


CONTRASTE

Festa no alpendre
dança e alegria
colóquio e cantoria.

Bebidas, aluares e refrescos,
leitãozinho e frango assados.

Em meio a tanta algaravia,
olho para o estábulo
e tudo é calmaria...


David de Medeiros Leite
In: RUMINAR (2015)
Sarau das Letras Editora Ltda.

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