A TÍTULO DE ARREMATE
Clauder Arcanjo
clauderarcanjo@gmail.com
Para Antonio Fabiano
Ouço os versos do Cancioneiro da Terra
E sinto que há sertão na calçada
Na praça calada, na frente da casa fechada
No olho cego da multidão muito assustada
No bem-te-vi festivo e sempre (in)oportuno
No beiral da mansão quase orquestrada
No salão de festas, cheio e vazio de fadas
No queijo ofertado na mesa grande e farta
No assobio do vigia clamando pela madrugada
No rouxinol invisível, perdido no verão assombrado
Na rapariga que caminha cambiante; hoje, assexuada
No jornal que cospe sangue nas páginas dobradas
No matuto que há dentro mim, apesar de amansado.
Leio e releio a poética de Cancioneiro da Terra
E... pressinto que há canção nesta saudade alada.
Jornal O Mossoroense
em 11 de janeiro de 2015
Obrigado, divino Arcanjo!
ResponderExcluirO sertão é tudo isso, nos dias atuais há uma certa escassez da fartura do queijo devido a seca, mas temos o bem-te-vi, o rouxinol e tantos outros pássaros cancioneiros a amenizar a dor do sertanejo.
ResponderExcluirUma belíssima homenagem poeta Antonio , o Clauder merece apalusos totais! E pra vc mil vezes parabéns pela conquista.
Diná
Diná
Sim, Diná, concordo com você: Clauder Arcanjo merece aplausos absolutos! Ele é total!!!
ResponderExcluirBoa noite, Antonio! Acabo de ler e responder seu -email. Por demais agradecida pelo carinhoso presente.
ResponderExcluirFraterno abraço!