NOITE ESTRELADA
Há uma noite no meu livro
Como também o vento que o
atravessa e enche.
Amei os ventos desde menino.
“O vento sopra onde quer
– disse o meu Mestre –
Ouves o seu ruído
Mas não sabes de onde ele vem
Nem para onde vai.”
Há uma noite no meu livro
Como também o tempo
E a hora extrema
Que ultrapassa-se.
Para os mais violentos corações
Uma pérola escondida e o meu
silêncio.
“Quem nasce do espírito
É como o vento”...
Há uma noite no meu livro.
Mas nela que era imensa
Fez-se o luzir intenso da verdade
A luz.
Dou-te um segredo lapidado:
A noite do meu livro
É estrelada.
INFINITO
As
estrelas no céu guardam um nome,
Um
segredo, um mistério em cada brilho.
Eu,
com os pés descalços, o mar trilho
Da
infinita Via Láctea, lume...
Pois
fui rei noutros mundos em outrora...
E
este céu, que ao silêncio se abisma,
Portentoso
e cúmplice da cisma,
Em
cada canto um pranto por mim chora.
Ao
transpor das esferas o portal,
Não
perdi minha glória d’ imortal...
Inda
canta a minh’alma, diz em grito:
Eu
sou irmão dos deuses!... De saudade
Todos
os astros choram a irmandade
Partida
nas distâncias do infinito!...
(FABIANO, Antonio. “Sazonadas”, Rio de Janeiro: Taba Cultural,
2012).
Olá Fabiano. fiquei encantada com suas poesias. Parabéns, todos nós sabiamos que você iria muito longe, tendo em vista o quanto você sabe escrever. Fiquei surpresa com a publicação do livro;o que poderia esperar? Sempre desinformada por não gostar muito de navegar, rsrsrsrs.
ResponderExcluirVocê ainda lembra do concurso de poesia que você venceu na biblioteca pública de Cerro Corá quando era menino?
Um abraço
Que legal! Eu não me lembrava mais disso, Alessandra! rs rs Que bom que você gostou dos poemas... Manda-me, por favor, o seu endereço (pelo e-mail do blog), para que eu possa enviar de presente um dos meus livros. Abraço!
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