segunda-feira, 16 de abril de 2012

COLARES

Quando disse aos meus amigos que estive na floresta amazônica, às voltas com uma sucuri, ninguém quis acreditar. Tudo bem, destas mansinhas, de estimação, com índio de lado e tudo mais, pra garantir o absoluto controle da situação. Parece estória de pescador, mas é verdade! E se alguém estava borrando as calças, era o fotógrafo. Pobrezinho! Você teria coragem? Eu mesmo ria daquela situação bizarra. Bicho preguiça apareceu, macaco, quase jacaré... Ah, vitória-régia: o que existe mais lindo e verde de se ver! O som da floresta é coisa inesquecível... Depois o barco por entre as águas, caminho, igarapé. Eu, que no passado estudei tupi antigo, estava agora a deleitar-me com as reminiscências da boa língua, nheengatu, ali presente de tantas vivas formas. Línguas tantas e nações! Sim, a fala do povo é bonita, há uma superabundância de palavras que não se entenderá em nenhuma outra parte do país ou do mundo, estando-se fora da alma do povo. Come-se muito bem, peixes infinitos, uma ladainha-cardume do que não decorei para dizer depois em restaurante. Degustei que é tudo, nesta taba mundo! Colares em volta ao meu ornamental pescoço: corubo, apurinã...

Antonio Fabiano
Belo Horizonte, 16 de abril de 2012.
Blog: www.antoniofabiano.blogspot.com
E-mail: seridoano@gmail.com
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Ver pra crer...


Arquivo pessoal.
Abril de 2012.

2 comentários:

  1. Estamos eu, Suetônio, Aldrin e Maria, todos vendo para crer kkkk, Quando fui a Amazõnia vi uma sucuri, só não tive coragem de tocala. Só fiquei com um pouco de inveja porque não vi uma vitória régia. Saudades Claudenise

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  2. Lùcia de Fátima Oliveira18 de maio de 2012 às 16:32

    Parabéns meu caro amigo.

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