/Se ’l mie rozzo martello i duri sassi
forma d’uman aspetto or questo or quello,
dal ministro che ’l guida, iscorge e tiello,
prendendo il moto, va con gli altrui passi.
/Ma quel divin che in cielo alberga e stassi,
altri, e sé più, col propio andar fa bello;
e se nessun martel senza martello
si puo’ far, da quel vivo ogni altro fassi.
/E perché ’l colpo è di valor più pieno
quant’alza più se stesso alla fucina,
sopra ’l mie questo al ciel n’è gito a volo.
/Onde a me non finito verrà meno,
s’or non gli dà la fabbrica divina
aiuto a farlo, c’al mondo era solo.
Soneto escrito por volta de 1528.
"Se o meu rude martelo às duras pedras / ora esta ora aquela forma humana plasma, / do mestre que o guia, observa e segura, / ganha movimento, segue os passos de outrem. / Mas aquele divino que no céu vive e opera, / outros e a si mesmo, ao bater embeleza; / e se nenhum martelo sem martelo / se pode fazer, desse vivo modelo forgem-se todos. / E como o golpe é de valor mais pleno / quanto mais se ergue na forja, / acima do meu este se alçou ao céu. / Onde não acabado vai falhar, / se não lhe der o engenho divino / ajuda para fazer, pois no mundo me era único."
ResponderExcluirTradução de Nilson Moulin