...“meu sacrifício é reduzir-me à minha vida pessoal. Fiz do meu prazer e da minha dor o meu destino disfarçado. (...) Como aqueles que, no convento, varrem o chão e lavam a roupa, servindo sem a glória de função maior, meu trabalho é o de viver os meus prazeres e as minhas dores. É necessário que eu tenha a modéstia de viver.”
Clarice Lispector
“Não, talvez não seja isso. As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde demais: as coisas serão ditas sem eu as ter dito.”
Clarice Lispector
“a prece profunda não é aquela que pede, a prece mais profunda é a que não pede mais”...
Clarice Lispector
In: LISPECTOR, Clarice. “Felicidade Clandestina” (contos), 2ª ed., Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1975, pp. 51, 98 e 112.
Olá frei,
ResponderExcluirEssa seleção foi maravilhosa! Esse mexe com o nosso "ego", ainda mais eu que sou fã de carterinha desse sempre CLarice.
Abração meu caro. Saudades! Fellipe
Clarice Lispector, uma profundidade ímpar em seu modo particular de falar.
ResponderExcluirMexi com palavras raras, pesaram no bolso, na cama, na rua, caíram até em alguma alma, talvez a minha; fiquei cheia das palavras, cansada do fardo imenso, agora vou lançando-as aos poucos, saem mais leves. Há horas que elas perturbam, conturbam, explodem, e lá vou ser mais doida de mexer com elas? quero mais é que se fantasiem em palavras prováveis, que me façam chorar e rir, sem que precise explicá-las.
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