“Uma palavra sujeita-se a diferentes interpretações.
A imagem nos coloca diante de uma presença.”
São Gregório de Nissa, séc. IV
O que me inspira, o que me importa é a ação de Deus em nós e nossa relação com Ele. O que toca o meu coração é o ser humano enquanto ser religioso, lugar do Mistério, Criador-Criatura.
Trabalho especificamente com arte sacra há mais de 35 anos construindo e pintando igrejas no Brasil e exterior e, sem dúvida, meu incentivador foi D. Francesco Ricci, de Forlì, Itália.
Sou fruto do Concílio Ecumênico Vaticano II.
A Igreja sempre se manifestou pela Palavra-Imagem, Palavra Encarnada, palavra universal que fala ao mais profundo do ser humano, muito além da sensibilidade e da razão, pois, somos da mesma natureza do Mistério.
O trabalho com arte sacra é difícil porque nos exige forte e objetiva espiritualidade. Os traços, as cores, os sons... permitem o Espírito se manifestar ou trata-se apenas de um negócio humano. Arte Sacra é a forma do Espírito e não um tema religioso expresso subjetivamente.
Num mundo onde o Sagrado é excluído, o artista cristão presta um serviço (ministério) e deve ser ponte entre Deus e os homens; seu trabalho é mistagógico.
C. Pastro
abril/2011
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