quinta-feira, 29 de julho de 2010

ESFINGE

Não fecharei a janela do meu quarto esta noite.
Como uma esfinge
Postar-me-ei resignado
Sob o olhar desta sombra que se assoma
E me espreita.
Ouvirei sem medo
O estranho vento que passa
E zomba de meu rosto perfilado pelo tempo.
Meu desejo esta noite é o não desejo.
A inversão de todos os vetores.
A rebeldia do espírito humano
Vingativo como um deus antigo.

Antonio Fabiano


Descobri por acaso, outro dia, que esse meu poema foi publicado numa antologia de Colatina/ES. Toda a obra em formato digital está disponível no site da Secretaria de Cultura do referido município.

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